sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Hospital de Base amplia atendimento
e tem maiores custos operacionais


A eficiência tem o seu preço. O Hospital de Base Luís Eduardo Magalhães (Hblem), que serve de referência para pacientes de 120 municípios, aumentou a sua resolutibilidade, com a produtividade do Sistema Único de Saúde subindo de R$ 432 mil em agosto de 2008 para R$ 1,1 milhão no mesmo período de 2009, o que representa 33% apenas dos seus custos operacionais. A situação preocupa o prefeito de Itabuna, Capitão Azevedo, para quem os custos operacionais têm um impacto grande no orçamento da instituição.
Eu um encontro promovido na manhã desta sexta-feira (25), no Hblem, Azevedo também elogiou o modelo de gestão implantado pela Fundação de Assistência à Saúde de Itabuna (Fasi), “que está no caminho certo, mas o problema são os custos do hospital e nos preocupa o fato de que os repasses do SUS cobrem apenas um terço dos gastos”. O prefeito lembrou que, hoje, 60% do atendimento é direcionado para pacientes de outros 120 municípios da região e do extremo-sul”.
O presidente da Fasi, Antônio Costa, destacou que a meta implantada na sua gestão é a de transformar o hospital numa referência em atendimento, com foco nos serviços de urgência e emergência. Entre as prioridades destacadas, estão a melhoria do atendimento e a qualidade dos serviços de modo geral, “a partir da reestruturação dos procedimentos de apoio ao diagnóstico e de ajustes no quadro de pessoal”.
O dirigente da Fasi elencou resultados já obtidos, como o incremento de 1.128% nos exames laboratoriais, que saltaram de 918 em agosto do ano passado para 19.532 procedimentos no mesmo período de 2009. No mesmo espaço de tempo, o volume de medicações teve um crescimento real de 5%, passando de 4.132 para 4.339 atendimentos, enquanto o número de consultas subiu de 4.900 atendimentos em agosto de 2008 para 5.838 em 2009.
Ainda em termos comparativos, Antônio Costa explica que o Hospital de Base continua recebendo o equivalente a R$ 1,5 milhão por mês repassados pelo Governo do Estado, o mesmo valor que era repassado em agosto do ano passado. No relatório de gestão, ele apresentou um crescimento de 728% na quantidade de tomografias realizadas, que passou de 25 para 207 exames, com relação a agosto de 2008.
Tendo ainda como parâmetros o comparativo entre agosto de 2008 e o mesmo período de 2009, o gestor mostra que os exames de Raio X tiveram um incremento de 30%, saltando de 753 exames para 964. Já a realização de ultrassonografias passou de apenas 2 para 816, com um aumento real de 40.700%. O número de eletrocardiagramas subiu de 591 para 641, um crescimento de 118%.
A maior eficiência se traduz na queda de 66% no número de óbitos no hospital. A letalidade caiu no mesmo período de 2,3% para 1,3% dos internamentos, um índice aceitável para um hospital que recebe pacientes em estado grave, em sua maioria vitimas de acidentes ou com sérias complicações no seu quadro de saúde.
Outra consequência foi o aumento da produtividade, o equivalente ao conjunto de atividades remuneradas pelo SUS,que saiu de R$ 432 mil para R$ 1,1 milhão em um período de 12 meses. “O problema é que a produtividade do SUS remunera apenas 30% das despesas e nós não tivemos um aumento correspondente na suplementação dos recursos, o que compromete o desempenho financeiro da instituição”, explica Antônio Costa.
O Hblem é equipado com pronto-socorro, atendimento ambulatorial, além de centro cirúrgico, que foi ampliado de três para seis salas. A unidade teve reativados os serviços de tomografia e Raio X, além do aumento do número de leitos da unidade de terapia intensiva, de três para nove. Outros 20 leitos de UTI estão sendo negociados com a Sesab, o que tornará o Hospital de Base – onde chegam a ser realizadas 28 cirurgias por dia – na unidade do interior com maior número de leitos para pacientes que necessitam de cuidados intensivos.
Texto: Kleber Torres Fotos:Waldyr Gomes

Nenhum comentário:

Postar um comentário